
A impressão 3D, tecnologia de fabricação aditiva, que desenvolve objetos a partir da sobreposição de centenas de camadas, surgiu em meados de 1984, quando Chuck Hull, um norte-americano da Califórnia, concretizou a primeira impressão 3D. Depois dele, diversas empresas aprimoraram a tecnologia e hoje ela participa ativamente de diversos setores econômicos no mundo todo, inclusive no Brasil.

Portanto, já podemos notar que não estamos tratando de um novo fenômeno tecnológico, pois da sua fundação até aqui já se passaram 33 anos.
A novidade está no barateamento dos custos. Já há alguns anos, os preços vem caindo consideravelmente, na mesma escala em que ganham em qualidade dos equipamentos e nos resultado dos objetos impressos em 3D. As impressoras 3D mais baratas, pouco mais de dez anos atrás, estavam na média de 30 a 40 mil reais, hoje há modelos a partir de 2 mil e quinhentos, podendo chegar até 150 mil ou mais, dependendo do tamanho, modelo, marca e local de compra.
Esta tendência de melhorar a qualidade do produto e diminuir os preços, como está acontecendo com a tecnologia de impressão 3D, ocorreu diversas vezes na história, com vários outros produtos tecnológicos. Contribuindo assim para a disseminação do conhecimento e democratização do acesso a tecnologia.
Recentemente, os celulares e computadores pessoais são ótimos exemplos. Conforme o público aceita a tecnologia e compreende as suas possibilidades, aumenta assim a demanda pelo produto, logo, mais empresários podem investir e ofertar, gerando competição dentro do nicho. Fenômeno este que resulta em qualidade na entrega do serviço e barateamento nos preços para o consumidor final. Isto, somado ao aumento da demanda para o setor primário, que fabrica as peças, materiais e as impressoras, possibilita a médio prazo a redução de custos de produção, resultando finalmente em preços cada vez mais acessíveis ao público.
Com preço baixo, a tendência é que as impressoras 3D tomem as casas e empresas mais rápido do que se imaginava. Podendo construir praticamente tudo, com diversas possibilidades de materiais e ainda tendo uma produção mais eficiente e veloz do que a de um ser humano em muitos dos casos, ela já vem sendo utilizada em diversos setores profissinonais diferentes. Empresas e profissionais de artes, medicina, arquitetura, engenharia, aeronáutica e muitas outras já utilizam objetos impressos em 3D.
Dificilmente exista alguém que não encontre serventia para uma impressora 3D, se tivesse possibilidade de adquirir uma delas ou contratar um dos milhares de serviços de impressão 3D disponíveis no mercado.
(Aqui é outro local bom para algum tipo de anúncio para outro setor do site, não tão comercial, mas indicando que nós temos estes serviços se precisarem. “Confira aqui nossos serviços de impressão 3D e saiba mais.”
“Mas afinal, o que é uma impressora 3D e o que ela pode fazer?”
Calma! Vamos chegar lá.
Para responder essa pergunta, primeiro temos que apresentar os principais tipos de impressora, explicar basicamente como eles funcionam, para que depois você possa entender o que pode ser feito com isso tudo.
Se fosse para dar um breve resumo, como já havia sido citado anteriormente no texto, você pode ou poderá produzir praticamente tudo com os serviços de impressão 3D. Portanto, sem mais delongas, vamos ás explicações.
O que é impressão 3d e como isso funciona?
A impressão em 3D, como já citado anteriormente, basicamente falando é um tipo de fabricação aditiva, com prototipagem rápida. – Mas afinal que é fabricação aditiva? Novamente, para resumir, é um processo de construção em camadas. A fabricação de objetos em 3D também funciona assim, com diversas variáveis, tanto de tamanho da impressora, tipo de material, finalidade da impressão e modo de fabricação, variando para cada modelo de impressora. Dentre eles, existem 8 tipos principais de impressão em 3D.
Tipos de impressão 3D
DLP – A sigla, “Direct Light Press”, traduzindo, Impressão Direta Por Luz, já define boa parte deste modelo. O material líquido, na maioria das vezes resina de fotopolímero, é submetido a luz para o derretimento e formação das camadas, e ao invés de enrijecer o material por camadas, como na maioria dos processos que utilizam lasers, ele faz todo o processo de uma vez só. O que faz este ser um dos modos mais rápidos de produção de objetos em alta resolução e grandes detalhes. No entanto, pode precisar de acabamento pós-impressão.
SLA – SLA, é um processo muito próximo ao do DLP, com a diferença no tipo de luz que é exposto ao material. Os modelos de SLA utilizam raios laser UV para a produção. Neste tipo de impressão 3D, os objetos já são produzidos camada por camada. Além de serem conhecidos por serem mais frágeis, impressões deste tipo também podem precisar de acabamento pós-impressão, como no caso do DLP.
SLS – Desenvolvido pelo Dr. Carl Deckard, na Universidade do Texas, em meados de 1980, patrocinado pelo DARPA, o SLS – Sinterização Seletiva a Laser ou Power Bed Fusion, é um modo de impressão 3D no qual pequenas partículas em pó de plástico, vidro, cerâmica e até metal, são modificadas de forma através de um laser de alta potência. Neste processo, quase não há perda de material, pois o pó que resta pode ser utilizado para a próxima impressão, além de não precisar de base para a construção de objetos, que é uma ligeira vantagem sobre os modelos de SLA.
EBM – Com um processo parecido com o do SLS, onde um pó, desta vez exclusivamente metálico é transformado a partir da exposição, a diferença está na fonte de energia, que deixa de ser um laser de alta potência para um raio de elétrons.
Material Jetting – O material jetting funciona de forma semelhante as impressoras comuns. Em micro bicos, o material sai de forma pressurizada em gotas para uma superfície, onde posteriormente é exposta a um laser UV, transformando o material líquido em um objeto 3D.
Binder Jetting – Desenvolvido no Instituto de Tecnologia de Massachussets, em 1993 e posteriormente tendo a licença vendida para a AZ Corporation, o Binder Jetting, assim como o Material Jetting, funciona com micro gotas, só que desta vez além do material líquido, também há a adição de pó metálico.
Sheet Lamination – Este tipo de impressão 3D envolve a soldagem de diversas camadas de folhas, sejam elas de papel, metal ou polímero. As folhas são soldadas por soldas ultra-sônicas em camadas, para posteriormente serem usinadas em CNC – Controle Comando Numérico, no formato desejado.
Directed Energy Deposition – Comumente encontrado em grandes empresas do ramo tecnológico que trabalham com tecnologia aliada a ligas metálicas, o Direct Energy Deposition é uma forma de impressão 3D, na qual a máquina é ligada normalmente a um braço robótico acoplado de uma boca onde é despejado o material, fio ou pó metálico sobre uma superfície, posteriormente derretendo-o com arcos de plasma, feixe de elétrons ou lasers, resultando finalmente no objeto 3D.
Lembrando que neste post citamos apenas brevemente cada um dos conceitos e tipos de impressão, posteriormente iremos abordar especificamente cada um dos tipos e detalhar suas características, além de abordar os prós e contras de cada equipamento, para que você encontre a impressora 3D ideal para o seu objetivo.
O que uma impressora 3D pode fazer?
Bom, agora que você já conhece resumidamente todos os principais tipos de impressão 3D, vamos citar algumas das funcionalidades dessas maravilhas tecnológicas que vieram para revolucionar as nossas vidas.
Medicina – Já existem centenas de casos de próteses feitas a partir de impressão 3D, assim como órgãos humanos já estão sendo desenvolvidos em tecidos produzidos nestas tecnologias. Sem contar com os objetos utilizados pelos médicos, que podem ser facilmente impressos em uma dessas máquinas.
Ferramentas – Até mesmo a Estação Espacial Internacinal adquiriu uma impressora 3D, para facilitar o transporte de ferramentas. Tendo uma dessas lá na base, não há a necessidade do trâmite da terra para lá. Com a popularização das impressoras, você mesmo pode imprimir as suas ferramentas ao invés de precisar comprar na ferragem.
Música – Diversos instrumentos musicais já são impressos em 3D, saxofones, guitarras, teclados e até baterias já são produzidas neste processo. No Brasil, em 2014, a Robtec apresentou durante o 11° Seminário de Tecnologias, a primeira guitarra 100% impressa em 3D.
Moda – Além de calçados que se adaptam ao pé ou vestidos inteligentes que controlam os batimentos cardíacos, as impressoras 3D já provém uma perspectiva de futuro onde você possa fazer todas as suas roupas sem sair de casa.
Arquitetura – A primeira casa construída em tecnologia de impressão 3D foi feita em menos de 24 horas. Prédios de mais de 5 andares já foram construídos assim, reduzindo o tempo de construção em mais de 70% do modo convencional.
E aí, ansioso para poder ter a sua ou começar a construir os seus objetos em 3D? Lembre-se que este foi um curto resumo das possibilidades praticamente infinitas do universo de impressão em 3D. Em breve, faremos outros posts exclusivos para as funcionalidades e diversas áreas onde a tecnologia vem atuando.